Figurações versus Desfigurações - Quem procura ver nunca deixará de sentir.
É sempre um prazer participar nas exposições do grupo Artever.Embora não pudesse ir à inauguração, ficam as imagens dos meus trabalhos da serie" Historias Sem Fim à Vista".
Corceiro | Eduardo Abrantes | Fernando Vidal
Henrique Faria | João Silva | Joaquim Lourenço
José Mourão | José Raimundo
Marina dos Santos | Susana Mourão
Galeria Espaço Artever
de 5 a 21 MARÇO de 2011
Figurações versus Desfigurações
Quem procura ver nunca deixará de sentir.
Desde sempre os artistas foram realizando objectos artísticos figurativos. A dado momento começaram a desfigura-los. E esta alternância foi-se repetindo ao longo dos tempos.
Quando se representa, significa-se ou imita-se. E em consequência, desfigura-se a realidade significada ou imitada. Em simultâneo, figura-se e desfigura-se.
Os autores podem valer-se das qualidades de representação do real ou valer-se de uma imaginação deslocada desse real, que o resultado é sempre um novo objecto.
Quando se cria uma obra ela torna-se um objecto autónomo, independente. Nem o seu autor lhe voltará. Este não deixará de ser o criador mas, dando ou não por isso, empurra o objecto para uma vida própria. O tempo se encarregará de o tornar visível ou de o fazer desaparecer.
Num conjunto de artistas plásticos, como o Artever, que se apresenta como um colectivo descomprometido, há como que uma verdade em confronto. Para lá do que cada um, em si, representa ou significa, para lá da matéria que cada obra versa ou apresenta, há uma existência física que incide no espectador como se fosse um aguilhão a provocar dor: procura-se ou ignora-se; gosta-se ou não se gosta; entende-se ou não se entende; quer-se ou não se quer… Mas quem procura ver nunca deixará de sentir.
Amadora, Março de 2011 | José Mourão
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