No limite precário de todas as existências, o luxo da pintura de João Silva continua a ser a demonstração que a liberdade é possível. Jorge Souto
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
sábado, 30 de julho de 2011
domingo, 1 de maio de 2011
A minha desconstrução.
A Minha Desconstrução
A minha desconstrução da "Construção do Mundo" no pensamento e no olhar da Drª Fatima Tremoço
.A Construção do Mundo
É com grato prazer e honra que tento escrever estas simples linhas acerca de mais uma obra do amigo e artista João Silva – A Construção do Mundo. O tema, permitam-me questionar (após o visionamento do pequeno filme, com o ato de criar): a construção do mundo ou a desconstrução do artista? Será o artista, um louco e as suas obras, o fruto da sua loucura? Essa associação tem sobressaído ao longo da história e como Foucault tão bem salienta, pouco importa saber quando a voz da loucura, se insinuou no orgulho de Nietzsche, na humildade de Van Gogh. A loucura só existe enquanto instante último da obra – esta empurra-a indefinidamente para os seus confins; a loucura é contemporânea da obra, dado que ela inaugura o tempo da sua verdade. No instante em que, juntas, nascem e se realizam a obra e a loucura, tem-se o começo do tempo em que o mundo se vê determinado por essa obra e responsável por aquilo que existe diante dela.
E será aqui que se ergue a loucura e nasce a obra, numa dualidade de sentimentos – a solidão e a esperança, presente na New World Symphony de Antonín Dvorak, inspiradora de ápices pinceladas onde o mundo vai surgindo pelas mãos, mente, espírito e coração do nosso artista, numa multiplicidade de simbolismos que se apresentam.
Aquele que constrói mundos não tão-somente na tela, mas faz acreditar que é possível, cada um de nós conseguir construir e conquistar o seu próprio mundo. Muito mais que um pintor temos alguém que nos diz, És Capaz! Faz acreditar que é possível fabricar sonhos e transportá-los para a tela da vida. Consegue despertar a construção presente em cada um de nós, mas escondida no nosso mundo muito próprio, invisível aos olhos dos outros, porque inaceitável aos nossos próprios olhos.
Não poderia terminar este testemunho sem mencionar aquele que, ambos admiramos, e que tão sabiamente colocou em vocábulos um pouco do Ser, Artista, Poeta, Professor e/ou como tão humildemente se apresenta – Aprendiz, João Silva!
.
“Que o homem possa passar à sua verdadeira vida, que é a de contemplar o mundo, ser poeta do mundo e o mundo poeta para ele,…” (Agostinho da Silva)
domingo, 3 de abril de 2011
sexta-feira, 1 de abril de 2011
Artever - Percurso Desenho
Artever- Percurso Desenho
Fotos da inauguração da exposição "Percursos Desenho" no Espaço Artever, no passado Sabado dia 26 de Abril.
"A presente exposição “expo percursos desenho”, onde se apresenta um conjunto de obras realizadas por artistas sócios, poderá levantar alguma polémica na interpretação do que se entenderá por “desenho”. Desenhar pressupõe uma vontade e não, somente, uma forma de registar. Podemos realizar desenhos mais efémeros do que outros. Quando se gesticula no ar e se indica um caminho; quando se “traça” no ar com fumo ou luz e esta só é presenciada por alguns; quando se colam linhas sobre uma superfície ou quando se regista com um riscador ou tinta tudo é desenho. Quanto a nós o que diferencia um desenho, de outro tipo de registo de imagens, encontra-se no modo como se ocupa o espaço ou no modo como se lê o registo grafado nesse espaço. Uma mancha de tinta aplicada com uma trincha larga poderá estar no universo da pintura ou no universo do desenho. Tudo depende do modo como esta se correlaciona com a matéria que lhe é adjacente. Contudo, por vezes, a fronteira entre desenho e pintura é tão ténue, que só a decisão de quem observa, poderá enquadrar o resultado de uma obra que apresente essa ambivalência. Com esta mostra não se pretende criar um campo unicamente experimental. Procura-se diversificar os modos de fazer de cada um desafiando-nos a viver essas outras formas de fazer. Amadora, Março 2011 José Mourão."
sexta-feira, 25 de março de 2011
Cartas de Amor
Cartas de Amor
Uma carta é muito mais do que aquilo que lá esta escrito.
É baseado nesta frase que resolvi fazer uma serie de cartas de grafismo intraduzível a que dei o título de “Cartas de Amor. Espero que desta vez estas não sejam ridículas, como achava o Pessoa.
Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas
Álvaro de Campos
terça-feira, 22 de março de 2011
Why – da mesa de dois convivas
Um texto do meu amigo pintor Nuno Quaresma ,agora que falta pouco tempo para a nossa exposição (8/4) na Mapaposta.
Será o homem a mais bela criação de Deus ?
Why – da mesa de dois convivas .
Foi numa almoçarada com o meu Amigo e Pintor João Silva
que durante 1hora, e sem qualquer premeditação, este foi o
tema de uma deliciosa conversa.
Não me lembro já se foi à borda de um Cozido ou de uma
Jardineira, às vezes tenho a noção vaga que foi diante de um
Bacalhau, de tenras lascas, com grão – aliás o meu “God
Fish” – o peixe sagrado na minha mesa.
O autor da interrogação foi o João. Parecia-lhe um bom mote
para uma série de trabalhos que desejava fazer, mas a
questão em mim parecia-me iniciática, seminal, fracturante.
No momento, enquanto degustava o pitéu com o
empurrãozinho de um bom “penaltie”, entre uma e outra
gargalhada, entre uma e outra sentença mais solene, na
minha cabeça, outras questões surgiam.
Será Deus a mais Bela criação do Homem?
O que é o Belo?
Existirá o Belo sem que exista pelo menos uma alma que o
reconheça?
Perguntas a mais, dirão alguns, sobretudo na cabeça de um
pintor. Decidi então pensar da maneira que o sei fazer, a
pintar. E a pintar, curiosamente deixei de
pensar para começar a sentir, a acreditar.
O resultado é o espólio desta mostra intitulada Beautyful
Creation 1# - Why?
quarta-feira, 9 de março de 2011
Figurações versus Desfigurações
Figurações versus Desfigurações - Quem procura ver nunca deixará de sentir.
É sempre um prazer participar nas exposições do grupo Artever.Embora não pudesse ir à inauguração, ficam as imagens dos meus trabalhos da serie" Historias Sem Fim à Vista".
Corceiro | Eduardo Abrantes | Fernando Vidal
Henrique Faria | João Silva | Joaquim Lourenço
José Mourão | José Raimundo
Marina dos Santos | Susana Mourão
Galeria Espaço Artever
de 5 a 21 MARÇO de 2011
Figurações versus Desfigurações
Quem procura ver nunca deixará de sentir.
Desde sempre os artistas foram realizando objectos artísticos figurativos. A dado momento começaram a desfigura-los. E esta alternância foi-se repetindo ao longo dos tempos.
Quando se representa, significa-se ou imita-se. E em consequência, desfigura-se a realidade significada ou imitada. Em simultâneo, figura-se e desfigura-se.
Os autores podem valer-se das qualidades de representação do real ou valer-se de uma imaginação deslocada desse real, que o resultado é sempre um novo objecto.
Quando se cria uma obra ela torna-se um objecto autónomo, independente. Nem o seu autor lhe voltará. Este não deixará de ser o criador mas, dando ou não por isso, empurra o objecto para uma vida própria. O tempo se encarregará de o tornar visível ou de o fazer desaparecer.
Num conjunto de artistas plásticos, como o Artever, que se apresenta como um colectivo descomprometido, há como que uma verdade em confronto. Para lá do que cada um, em si, representa ou significa, para lá da matéria que cada obra versa ou apresenta, há uma existência física que incide no espectador como se fosse um aguilhão a provocar dor: procura-se ou ignora-se; gosta-se ou não se gosta; entende-se ou não se entende; quer-se ou não se quer… Mas quem procura ver nunca deixará de sentir.
Amadora, Março de 2011 | José Mourão
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
Harmonia e Caos
Harmonia e Caos é uma serie de trabalhos de acrílico sobre cartão que pretende entrar no mundo da contradição. O equilíbrio do desequilíbrio onde um elemento na pintura por mais pequeno e humilde que seja pode mudar todo um discurso existente.
Uma pintura feita através dos dias onde a sua resolução pode suceder logo ou ficar para a eternidade.
Uma pintura feita através dos dias onde a sua resolução pode suceder logo ou ficar para a eternidade.
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